quarta-feira, 30 de junho de 2010

Várias pequenas coisas

Depois de um tempo sumido do blog, é preciso escrever algo por aqui antes que eu esqueça a senha. Aproveitando uma noite de trabalho, sim trabalho (estou tendo que lançar as notas do final do semestre), aproveito o tempo passado em frente ao computador para escrever algumas pequenas notas.

Joanesburgo é uma cidade que dá choque. São dois os tipos de energia que afetam a maior cidade sulafricana, um é a eletricidade estática e outra é a energia elétrica. Por conta do frio e da baixíssima umidade do ar, é possível levar choques em diferentes situações, como na porta do carro, em corrimãos e até com pessoas, porque com calçados emborrachados, carpetes e outros isolantes a estática não é liberada e acaba passando pela pessoa. A outra eletricidade é a das grades que protegem a maior parte das casas. Por conta da violência muitas casas têm segurança particular e faz parte dessa segurança as cercas elétricas, que eu só vi parecido assim em Campinas, mas aqui a é pior.

Quanto à Copa do Mundo, além do futebol o que tem me interessado são as FIFA FAN FEST. Passei bastante tempo nelas, tenho muitas páginas de caderno escritas, entrevistas feitas e espero que um bom material para artigos.

Quanto ao futebol alguns comentários:

1 – Qual o ponto da federação francesa manter Domenech depois do desempenho no Euro? Qual o ponto de contratar um treinador (Laurent Blanc) antes da Copa começar?

2 – Por que o Domenech não chamou o Benzema? Por que não dá pra jogar Henry e Ribery juntos? Não é a toa que os jogadores os xingaram e se revoltaram no vestiário.

3- Apesar de não esperar um desempenho melhor da equipe de Portugal, esperava mais de Queiroz. Mesmo tendo melhores opções no banco, ele montou um time defensivo e com talento limitado. Perder Nani foi ruim, mas deixar Simão na reserva, colocar o Pedro Mendes e não colocar o Deco quando precisava mudar o jogo contra a Espanha, o Liedson ficar no banco enquanto se falta tanto talento... e Danny? Enfim... um Cristiano Ronaldo só não faz verão, ainda mais contra um time com Xavis, Villas e Iniestas.

4- Por falar em Espanha, por que Del Bosque não tira um dos cabeça-de-área (Busquets ou Xabi Alonso) coloca um meio mais ofensivo (Cesc ou Silva) e adianta o Villa para uma posição onde ele fique mais perto do gol?

5- Será que a defesa da Argentina vai agüentar Ozil, e Muller?

6 – Qual grosseria o Dunga vai fazer se ganhar a Copa?

7 – O Brasil poderia ter mais jogos como esse contra a Holanda. Jogos difíceis e emocionantes são melhores.

Hoje não tem futebol.

Depois de muito tempo sem postar vou continuar sem fazer um post meu. Vou colocar no ar um artigo escrito por meu pai sobre a maratona de futebol da Copa do Mundo.

"QUARTA FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2010


Hoje não tem futebol.

Nos últimos 19 dias, 56 jogos. No mínimo 2 jogos ao dia.
Muito, muito futebol. Muitos comentários, infindáveis repetições, entrevistas, milhares de aspectos.
Bastante além de um torneio de futebol, um verdadeiro festival.

Dos times que restam, tres já tem o que comemorar, Uruguai, Paraguai e Gana, embora naturalmente queiram e possam talvez ir mais adiante.
Para Brasil, Argentina, Alemanha e as virgens, Espanha e Holanda, só interessa ganhar a Copa.
De qualquer forma, agora, na briga de cachorro grande, não tem nada exótico.
Dos que partiram, mesmo os grandes, França, Itália e Inglaterra, apenas repetiram um script já conhecido. Muita empáfia, pouco futebol.
Inglaterra é a única que tem pelo que chorar, pelo gol não marcado. A Itália, no desespero, jogou 15 minutos de futebol com raça. A França resolveu fazer a revolução em plena Copa e foi decapitada.
Portugal contra o Brasil fez um jogo lamentável (como fizemos igualmente) que pensávamos fosse pela garantia do empate. Pois fez o mesmo jogo contra a Espanha, muito abaixo de seu potencial, e partiu, ora pois, pois.

De tantos jogos é difícil, na ebulição do momento, escolher um aspecto que caracterize esse festival. Os comentaristas de ofício, percebo, escolhem um bordão e organizam seus comentários e análise a partir dele.
A verdade é que quando as seleções se reuniam meses antes e treinavam até se fartar, aspectos táticos e estilos de jogo, apareciam com maior clareza. Como quase todos os jogadores são profissionais europeus, torna-se difícil falar num padrão brasileiro, argentino, italiano ou holandes.
Nós, os apreciadores, sem ter a obrigação de decifrar, nos deleitamos com os grandes jogos, as grandes rivalidades, as jogadas geniais.
Também torcedores, embora por vezes de nariz torcido, podemos gozar nossas vitórias e nem precisamos demonizar os adversários enquanto não nos defrontamos com eles.

Argentina e Alemanha sem estrondo apresentaram maior brilho até aqui. Brasil, sem grande brilho mas muito forte. Espanha crescendo e Holanda forte, hábil e bastante guerreira.
Gana, Paraguai e Uruguai. Nenhum pato manco aí, mas o Uruguai, com Forlan fazendo a diferença pode surpreender. Um deles vai à semifinal!
Pena que o juiz tenha realmente estragado o maior jogo até aqui. Claro, Inglaterra e Alemanha.

Neste fim de semana, Argentina e Alemanha farão o mundo do futebol tremer. Os hermanos com um ataque difícil de parar, muito habilidoso, ligeiro e versátil. Tevez jogando muito mas a defesa ainda não passou por um teste e parece instável. A Alemanha impressionando pela organização, qualidade dos jogadores e movimentação. Alguém vai dançar.

Antes disso , porém, tem o Brasil contra a Holanda.
Falar do Brasil é o mais difícil.
Nós só nos interessamos em vencer a Copa. Qualquer outro resultado é ridículo.
E o Brasil, e o jogador brasileiro nos surpreende.
No primeiro mata-mata, pegamos adversário que, se pudéssemos, seria o escolhido. E ganhamos com autoridade absoluta.
A Holanda, jogando pela vida, será um adversário poderoso. Como sempre.
Ganhando, a Terra Prometida ficará mais próxima. Perdendo ainda temos o Dunga para malhar.
Esse sem dúvida é um cretino, embora numa atividade onde os cretinos com frequencia são bem sucedidos.

Vamos à próxima etapa do grande Festival do Deus Futebol e que ele nos livre de disputar terceiro e quarto lugar, o mais melancolico de todos os jogos.

Roberto"

terça-feira, 29 de junho de 2010

Algo sobre futebol, perguntas sobre o Brasil e imagens africanas.*

Ayoba caros 13 leitores,


Percebi que a Copa do Mundo em si tem estado fora do meu foco nessas minhas tentativas de escrever algo por aqui. Certamente isso não acontece por acaso, estar no país da Copa, viajando de um lado pro outro o tempo todo e sem um acesso constante à Internet tem feito de mim e dos meus companheiros de viagem uns bons alienados (olhem nossas caras alegres e alienados antes de sermos abatidos por "not too hot" comida Indiana). Somos alienados sobre a pópria Copa e, especialmente, sobre o que tem acontecido no Brasil.


Antes de falarmos sobre o nobre esporte Bretão, algumas perguntas:

É verdade que aquele goleiro do Flamengo que disse que bater em mulher é normal está sendo acusado por assasinato???

Eleições presidenciais? A quantas anda essa querela? Quem será o presidente ou a presindente di Brasil na Copa de 2014?

Agora falemos de bola. A Copa que começou fraca, deu uma melhorada e tem antido um nível interessante,com alguns bons jogos, gols e polêmicas. A diminuição do número de jogos com a entrada nas oitavas tem permitido que vejamos mais jogos, pude ver inclusive o absurdo (não) gol da Inglaterra contra a Alemanha e os gols impedidos de Argentina e Espanha em seus jogos. A Bruxa esá solta!

Os Ingleses que já tinham pagado pela ajudinha em 66 com a mão de Deus de Maradona andam chorosos pelas cidades da Copa com sua eliminação... Sinceramente não sei porque esperar algo da Inglaterra em Copas, nunca dá em nada! Argentina é melhor que o México, passou com louvor, o Uruguai está fazendo bonito e voltando, finalmente, a ser reconhecido numa Copa do Mundo, o Paraguai completa a armada Sul-americana que periga trasnforma tudo em isso aqui em uma Copa América fora de hora!

A vitória de Ghana animou os Sul-africanos que tem muito forte com eles um sentimento Pan-Africano bem bonito (isso vale inclusivve para muitos brancos que conheci). Assisti ao jogo no Fan Park de Durban e foi uma grande festa. A cereja do bolo foram os americanos indo embora chorando. Por algum estranho motivo tinham certeza da vitória.

O Brasil finalmente empolgou! Nenhuma maravilha, mas foi um vitória firme, com autoridade. A torcida do Chile cantava e torcia com muito mais entusiasmo (acho que já falei de ridiculo desempenho da "torcida brasileira" por aqui) e isso acabou dando um gostinho melhor em nossa vitória, poder sacanear torcedores adversários é fundamental ao verdadeiro futebol!

Luis Fabiano tem se tornado um fenômeno por aqui, muita gente não sabia quem era, agora ele está na capa de vários jornais. Kaká tem errado muito mais sido decisivo nas assitências, Robinho errou muito ontem mas fez um belo gol, Juan e Gilberto Silva (!) jogaram muito e Ramirez quase me mata de raiva ao ser suspenso depois de boa partida. Espero que dê pro Elano voltar, o Brasil preciso armar melhor as jogadas!


A Holanda tem o Robben com aquele corte pra esquerda mortal e outres 4 ou 5 ótimos jogadores, mas acho que eles tremem... Espero que eu tenha razão, todos aqui em Port Elizabeth parecem estar torcendpo por nós, Sexta é hora da onça, ou melhor, do guepardo beber água!


Quanto a nós, vale dizer que estamos todos bem, mas o carro, coitado, já rodou quase 4 mil quilomêtros pelas estradas da África do Sul. Paisagens lindas, viagens cansativas, junkie/hot food, pessoas cordiais e amor pelo futebol. Essa tem sido minha vida nos últimos dias.









PS: Fiquei devendo fotos da Carnivore (carnes exóticas e misses). O garçom me serviu animado um pedaço de zebrinha listrada. Já as misses Honduras e Suiça insistiram paara tirar fotos com os Brasileiros que vão ganhar a Copa.



* publicado também em Brazuca Brazuca

segunda-feira, 28 de junho de 2010

"Ele voltou"...


Sim, ainda estou vivo! Para os que duvidavam de mim, consegui chegar! América / África via Ásia (parece que fui à Lua!), e cá estou. Na verdade já cheguei tem um bom tempo, mas como nosso acesso à rede é limitado, ainda não tinha conseguido dar as caras nestas bandas. Aos que perguntaram por mim, digo que estou por aqui. Mais precisamente, estamos em Jo'burg neste momento, depois de assistirmos ao vivo o jogo com o Chile, há algumas horas de enfrentarmos a estrada de novo rumo a Port Elizabeth, onde o Brasil pega a Holanda pelas quartas-de-final.

Poderia falar de outras coisas, mas quero falar de uma das coisas que mais me impressionou e cativou aqui - a atmosfera da festa. Milhares de amantes da bola, como nós, vindo de todos os cantos para acompanhar e participar deste marvilhoso evento. Torcedores de todos os times se encontrando e se divertindo, sorrindo, sofrendo. E permeando tudo isso, o povo africano. Como já mencionado por Fernando, eles estão aprendendo o que é copa. E estão tentando fazer o melhor. A todo momento vemos mostras de solidariedade e simpatia, além do tradicional carisma. Não há um dia em que não se ouça um "Ayoba!!" pelas ruas, que nossos apetrechso do Brasil não sejam enaltecidos ou que as vuvuzelas não cantem aqui e acolá (tudo bem, nem todos gostam - até no nosso grupo existem vertentes opostas).

É encantador estar no meio disso tudo, ver de perto como este grande show acontece. Todos se movem juntos, o tempo e o espaço aqui vivem ao sabor da copa. Estamos tentando curtir cada momento. Claro que aproveitamos para fazer alguns passeios off-copa, mas o grande barato mesmo é o futebol e tudo ao seu redor. Fazer novos amigos, torcer junto, xingar os americanos, rir dos argentinos, tudo é farra. Quando andamos para o estádio, quando esperamos em uma fila, a cada momento em que há grupo há festa, há cantoria, há alegria. Bandeiras e cornetas animam a todos, e as manifestações mais surpreendentes (e às vezes esquisitas) aparecem.

Uma das coisas mais legais disso tudo é como todos os torcedores entram em comunhão pelo bem do jogo. A cada partida só temos 2 times jogando, duas nações em campo. E no entanto vemos gente de todos os lugares, que estão ali pelo prazer da festa, pela oportunidade única de presenciar estes momentos. É realmente inesquecível viver isso de perto

E nós nisso tudo? Claro, fazemos parte da festa! Adoramos isso aqui, e estamos sempre dispostos a apoiar outras torcidas e fazer bagunça com todos. Somos Brasil, mas, dentre outros, já fomos Gana, Espanha, África do Sul, Alemanha, Portugal, Holanda, e por aí vai... Nosso prazer é o melhor futebol. Estamos aqui pra isso!!!

Enfim, somos gol. Somos bola. Somos Copa.

sábado, 26 de junho de 2010

Ayoba, meu caros treze leitores!

Parece que vou passar toda a Copa correndo escrevendo meio atrasado, Internet dificil, viagens e os jogos tem dificultado tudo. Dessa vez vou escrever rapido e pouco porque estou numa lan house que ja vai fechar.

Joanesburgo apesar de muito fria e com toda sua fama de ma, tem um povo muito divertido e solicito, ver o jogo da eliminacao da Africa od Sul em uma fan fest foi marcante, torci mesmo pelos Bafana e vi aquele povo que esta apredendo a entender futebol agora ficando decepcionado com a eliminacao, mas mesmo assim festejando a vitoria foi bem bonito mesmo.

Fomos ao Carnivore, comer como o pr'oprio nome sugere, muita carne! Carne de Zebra, Antilope, Gnu, Kudu e outros bichos legais. Fico devendo as fotos das carnes e de todas as misses mundo que esbarraram conoso por la!

Abracos!



Ayoba e o grito de guerro que o Zakumi da nos estadios e vem de uma campanha publicitaria de uma operadora de celular: http://www.youtube.com/watch?v=cpDTm0GsgNc



* publicado tambem em http://oglobo.globo.com/blogs/brazucabrazuca

Durban

Estamos em Durban.

Fugimos daquele frio insuportavel de Joanesburgo. Cidade de praia. Lembra o Rio.

Jogo do Brasil ontem foi uma merda. Mas gostamos muito do estadio.

Esse e so um post rapidinho(e sem acentos) para movimentar o blog.

Depois continuo a contar nosso dia a dia.

Abracos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dias 6 e 7.

No domingo, dia 20/6, tinha jogo do Brasil.

E esse ia valer a pena. O adversário era a Costa do Merfim, tida como uma das forças africanas. Time do craque Drogba.

Mas o craque do jogo acabou sendo Luís Fabiano. Fez um golaço que só depois ficamos sabendo que tinha usado os braços para levar a bola. No grandioso Soccer City o time brasileiro fez 3 a 1 e colocou os marfinenses em situação complicada.

Nesse dia até deu para escutar a torcida brasileira cantando, em meio às vuvuzelas.

No dia seguinte o jogo da vez foi Espanha e Honduras. Os espanhóis precisavam se redimir da fiasco da estreia. Até que conseguiram uma boa vitória por 2 a 0. Mas a atuação de Fernando Torres parecia coisa de pelada.

Nesse dia também tivemos uma boa experiência em um restaurante. Depois de mais de meia hora que tínhamos pedido a comidade, a gerente veio avisar que ia demorar ainda mais meia hora para ficar pronta como se fosse a coisa mais natural do mundo...

E segue a parte "glossário

Firuleiro é o jogador que tenta sempre fazer uma graça com a bola, em detrimento da objetividade. Enfeita a jogada sem obter resultado.

Altinha é uma prática que consiste em um grupo de pessoas demonstrar suas habilidades com a bola sem deixá-la cair ao chão.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Seguindo a copa.

Copa em movimento. Dias 4 e 5.

No meu quarto dia na Copa (dia 18/6) uma pausa nos jogos. Pausa nossa, não da Copa. Assistinos aos jogos desse dia no restaurante e na fan zone.

Juntou-se a nosso grupo nesse dia um camarada curitibano, o Guilherme. Enquanto nosso amigo Sassá ainda estava preso na China comprando trens para o metrô.

Aproveitamos a estada na fan fest para jogar uma pelada contra um grupo de ingleses. Os brasileiros objetivos suplantaram os ingleses firuleiros.

No dia seguinte fomos a um jogão (Austrália e Gana) em Rustenburgo. Uma longa viagem para um jogo nem tão bom. Valeu pelo momento popstars que passamos em um supermercado. E pela altinha que joguei na fan fest com a galera local.

Depois escrevo mais, pois o tempo é curto.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sete dias, seis jogos e seguindo em frente.*

Olá amigos,

Acho que já cheguei a atingir mais de treze leitores, mas como é melhor manter a modéstia, seguirei me referindo aos treze iniciais.

Esse começo de Copa do Mundo tem sido mesmo uma loucura, fui a 6 jogos em 7 dias, o carro já rodou mais de mil quilômetros entre Joanesburgo e seus subúrbios, Pretória e Rustemburg e percebi hoje na lojinha de conveniência onde paramos após Espanha X Honduras que nunca estiva tão desinformado sobre uma Copa como dessa vez!

Pode Parecer contraditório mas estar aqui vivendo a Copa, seus jogos e o esse clima de todo mundo junto e misturado não tem deixado espaço para eu saber dos bastidores, crises e etc. Na lojinha do posto aqui perto descobri que o time da França fez greve hoje e que os Sul Africanos estão de novo animados com suas chances (precisam torcer pro um resultado no outro jogo e tem que detona a França). Eu acho que a África do Sul já era.

Um dos jogos em que estive foi Bafana Bafana contra o Uruguai. Pretória é uma cidade que parece mais interessante que Joburg, gente andando nas ruas, parece mais com cidade e tem um dos lugares mais legais que fui até agora, Hatfield Square, uma praça fechada com um monte de bares e durante a copa cheia de gente do mundo todo bebendo, cantando e torcendo. Pena que Pretória é longe de onde estamos.

Falando do jogo, foi tudo muito louco já que eu não tinha ingresso e fiquei junto com Vannier plantado na porta “curtindo” os 2 graus negativos que faziam e esperando alguém com um ingresso sobrando para o jogo mais concorrido da Copa até então. Deu certo pra gente, já pra África do Sul... Forlan foi o cara! Nesse jogo reencontrei num acaso incrível, meus amigos turcos do avião de quem falei num post anterior, eles fizeram uma farra!

Os Sul Africanos têm me irritado com suas vuvuzelas, não pelo barulho chato em si, mas pela ausência completa de qualquer canto ou grito que ela gera. No próprio jogo deles, vários tentavam puxar um Shosholoza (música linda que é cantada no filme Invictus), mas eram abafados facilmente pelo estrondo desprovido de mensagem das cornetas. Na prática em nenhum jogo se ouve cantos das torcidas nos estádios, mesmo no jogo Argentina X Coréia do Sul, no qual pude sentir na pele a diferença entre a torcida da Argentina na Copa e o bandinho que acompanha o Brasil foi difícil decifrar o que cantavam os milhares de Argentinos que pulavam por todo o Estádio.

Seguindo com o assunto torcida, devemos todos agradecer aos céus pelo quesito torcida não valer para a disputa da Copa do Mundo, apesar de muitos brasileiros estarem aqui, nossa torcida pena pela falta de gente que tenha algum hábito de freqüentar estádios e que goste mesmo de futebol. Há muitos que são torcedores de verdade, me incluo entre eles e conheci muitos outros, mas a maioria não parece ter intimidade com arquibancadas. Acaba que nem mesmo o nome de Luis Fabiano ecoou como deveria por Soccer City depois de seus dois gols ontem, triste mesmo é quando tentam puxar aquela malíssima “Sou Brasileiro com muito orgulho com muito amor”. A Copa no Brasil, com mais povo na torcida vai resolver isso. Tenho fé.

Soccer City merecia um post próprio, mas como minhas blogadas andam limitadas, ficará com um pedaço de parágrafo. Que lugar lindo a África do Sul construiu para a Copa do Mundo, estádio perfeito, limpo, com visibilidade perfeita do campo, organizado, espaçoso, enfim é de dar inveja. O único problema é que depois de ir lá tenho achado todos os outros estádios um lixo, especialmente os centenários, ou quase, Loftus e Ellis Park. Vou a Soccer City ainda mais uma vez para ver Ghana e Alemanha, fora um improvável ingresso para a final, será minha despedida, espero que encontre algo parecido no meu maracá daqui a 4 anos.

Falei de Ghana e lembrei-me de Austrália x Ghana, jogo menos votado para o qual eu tinha ingresso e que veio junto com uma viagem longuinha até Rustemburg. Valeu a pena, o Brasil não vai lá e 5 brasileiros desavisados desembarcando em um supermercado por lá sentiram o que significa o Brasil para o povo daqui. O mercado parou, os funcionários vieram todos tirar fotos, fizeram fila, não deixavam sair de lá, loucura total mesmo! Quanto ao jogo, foi meio mais ou menos, mas valeu pela torcida de Ghana composta por figuraças inesquecíveis!

Não podia deixar de falar do dia mais frio da história da áFrica do Sul, quando fez -10º em Polokwane durante França e México que assistimos em Melrose Arch com a temperatura mais amena, algo como -4º, sentados num sofá ao ar livre bem perto do telão que passava o jogo para que estava sentado nas mesas com aquecedor do restaurante lotado. As TVs do México estavam todas por lá e nós não escapamos de uma entrevista para o E! Mexicano que queria saber o que os brasileiros achavam do jogo... O portunhol deve ter ficado triste! A repórter prometeu tequilas se o México ganhasse, nunca mais a vimos.

Vamos apagar a luz porque daqui a pouco amanhece aqui e a correria continua... Gostaria de saber notícias de que como andam repercutindo a copa e a seleção no Brasil.


*Publicado também em Brazuca Brazuca no Globo online

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ta quase na hora!!

Galera, to quase la!!!! Apos quase ser atropelado por um carrinho no aeroporto de Hong Kong, estou prestes a embarcar! Ta bem, faltam 40 minutos, e este computador nao tem acento. Mas foi o que consegui arranjar! Em breve estarei falando com voces como um autentico turista na Africa, heheheheh
Aqui no aeroporto naturalmente encontrei umas figuras com os mesmos destino e objetivo. Nada como uma copa...

Abs!

Copa do Mundo – Dias 1, 2 e 3

A Copa começou mesmo no dia 11, mas como só chegamos aqui no dia 15(e o Brasil estreou nesse mesmo dia), considero o dia 15 como o primeiro dia.

Chegamos de manhã em Joanesburgo, com o jogo do Brasil marcado para 8h30 da noite. Teríamos tempo para retirar ingressos no aeroporto, pegar o carro, encontrarmos Vannier, fazer check in no guest house e buscar nossos ingressos para o jogo da noite (tínhamos conseguido através de amigos).

Como parece óbvio, isso se tornou uma tremenda correria, até porque as coisas aqui não são perto umas das outras. E eu ainda estava a me acostumar a dirigir na mão inglesa. Toda vez que ia ligar a seta, ligava o limpador de parabrisa e ainda vou abrir a porta na hora de trocar a marcha.

Ainda assim conseguimos chegar ao Ellis Park para assistir aquele joguinho sem graça da seleção, num frio terrível. Além disso, tínhamos as nossas queridas vuvuzelas, que abafavam qualquer tentativa de grito de torcida.

No fim do jogo, um perrengue inacreditável. Ficamos presos num “curral” com milhares de pessoas, aguardando para pegar nosso ônibus até o estacionamento onde estava o carro, durante quase uma hora.

No dia 16, o jogo para ir era África do Sul e Uruguai, em Pretória. Aproveitamos a oportunidade para conhecer a cidade, que fica a cerca de 50 km daqui. Fomos logo no Union Buildings (aquele prédio que o Matt Damon vai encontrar o Mandela em Invictus).

Rodamos mais um pouco pela cidade, almoçamos um frango na barraquinha da praça e fomos catar a fan fest. Rodamos um pouco e não encontramos. Mas achamos uma praça com um telão e ficamos lá para ver a Espanha fazendo vergonha frente à Suíça.

Partimos então para o jogo. Só eu tinha ingresso. Os Fernandos iam tentar arrumar com cambistas. Ficamos um tempo na porta tentando e nada conseguíamos. Presenciamos até um grupo de japoneses, com um cartaz escrito “We need tickets”, que estava pulando gritando e ajoelhando, conseguir os ingressos e de graça.

Depois de um tempo eu entrei e eles continuaram tentando os ingressos do lado de fora. Acabaram conseguindo. No campo os Diegos Forlán e Lugano deixaram o time da casa em maus lençóis. Jogo bem mais animado que o do Brasil na véspera.

No dia seguinte o jogo era Argentina e Coreia do Sul. E não era à noite. O que nos salvava do frio. Na verdade até estava bem quente no grandioso Soccer City. Depois de muito engarrafamento conseguimos chegar ao estádio para ver a Argentina golear e as vuvuzelas abafarem sua animada torcida. Pulavam e cantavam o jogo todo e a gente não escutava nada.

Depois do jogo mais confusão para chegarmos ao estacionamento para pegar o carro e ir embora. O esquema de estacionar o carro longe do estádio e pegar ônibus da organização para chegar ao jogo não está funcionando.
Depois do jogo tivemos tempo para ir com calma comer no Mandela Square (shopping em Sandton) e fomos assistir ao ocaso da França em Melrose Arch`s (um bairro fechado com residências, hotéis, lojas, restaurantes e, principalmente, bares.

Post longo para contar muita coisa. Dias agitados e pouco tempo de internet não permitem uma atualização mais frequente.

Depois eu edito isso aqui e coloco umas fotos.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tirando o atraso

Olá meus 13 leitores, não se assustem com título do Posto por favor.

Esses muitos dias sem escrever aqui têm me deixado agoniado. Não que tenha deixado de postar mentalmente, “escrevi” várias vezes na minha cabeça coisas que já esqueça ou que perderam o sentido com a passagem dos dias e do tempo. Esses poucos dias na África do Sul e mesmo a saída da Turquia foram ricos em causos interessantes e fotos legais, agora que comecei a escrever, percebo que falo como se estivesse aqui há muito tempo, embora tenha chegado apenas na terça-feira.

No Aeroporto de Istanbul já tinha uma brasileirada animada para pegar o mesmo vôo rumo à Copa, se juntaram a nós no avião, Uruguaios, Espanhóis, Gregos, Suiços e até Argentinos pelo que consegui identificar. Parece que não fui só eu que peguei esse bizarro desvio Otomano. No vôos, depois de alguma agitação até que consegui dormir, não sem antes ver o Rio Nilo de cima e acompanhar seu trajeto no mapinha interativo que tanto me divertiu nessas travessias.



No vôo o clima de Copa e o papel do Brasil nisso tudo foi ficando claro. Além das dezenas de torcedores havia também um grupo grande de meninos turcos, jogadores de futebol que faziam parte de um projeto social. Eles nunca haviam andado de avião e nem falavam Inglês, mas queriam deixar claro que torceriam pro Brasil. Para completar, quando descíamos em Joanesburgo, surpreendentemente, as aeromoças mal humoradas da Turkish pediram para tirar fotos com nossos chapéus ridículos e se mostraram interessadas em assisitir aos jogos do mundial.



Chegando a Joburg, primeiro fiquei realmente encantado com o Aeroporto e a com o tratamento que policiais, funcionários e, especialmente, as pessoas que controlam passaporte (em geral pessoas arrogantes e mal encaradas) me deram, os Sul-africanos são mesmo muito amáveis e acessíveis. O saguão do Aeroporto parecia um estádio com bandeiras, faixas e cânticos. A fila dos ingressos foi um saco, mas até o Guga teve que encarar.



Primeiro dia, noite quase sem dormir no vôo, mas já tinha jogo do Brasil. Correria de um lado pra outro dessa enorme e estranha cidade que mais parece um arquipélago de ilhas interligadas por uma grande rede de rodovias. Malas na Guest House, carro alugado, GPS comprado, ingressos na mão e engarrafamentos superados, era hora de encarar o time do Dunga!

Muitos Brasileiros pela cidade davam a dimensão do tamanho de nossa presença no velho Ellis Park, o estádio tomado de brasileiros assistiu um jogo que confirmou as expectativas de uma seleção burocrática, mas que tem alguns grandes jogadores que decidem. A certeza de nossos apaixonados torcedores sul-africanos e do mundo todo que esperavam um belo show, não se confirmou. Mas para mim, apesar de sofrer com as constantes escolhas erradas de Dunga, era um jogo de Copa, meu primeiro e foi lindo.


Vejam bem, fazia algo como -3º no estádio, o vento era de matar e eu não sentia meus dedos do pé. Tentei comprar um chocolate quente e não tive sucesso, os brasileiros perto de mim eram malas sem alça pesadas e a seleção conseguiu jogar dando passes pro lado e tomar um gol da Coréia do Norte, mesmo assim, repito, foi mágico! Copa do Mundo é algo incrível mesmo.

Depois disso, já fui a outros jogos e muita coisa aconteceu, mas deixemos novidades para outros posts... A internet não está fácil por aqui e meus dedos estão gelados demais para digitar, mas seguirei escrevendo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

In english!

Completando o post de ontem, enquanto meus camaradas ficam envolvidos no ambiente da copa:
a narraçao do jogo foi meio esquisita no canal no qual eu vi o jogo do Brasil. Sei lá, faltava alguma cois a na hora dos gols. Tudo bem que eu não estava animado com o Brasil, o jogo foi uma bosta. Mas quando saiu o primeiro gol eu nem entendi direito que tinha sido gol mesmo! Acho que o que faltou de fato foi a musiquinha da globo, hehehhehehe

enfim, vamos ver o que vem pela frente nesta copa. Fim da primeira rodada de grupos, e até agora, nada de bom. Até a Espanha, tida por muitos como um desafio para o Brasil, se deu mal diante da Suíça. Chuva de 0x0 e 1x0 na copa. tristeza... Talvez alguém queira depois nos dizer qual foi a copa com a primeira rodada com a menor média de gols. Quem sabe essa copa inova nisso!?!?!

Pra fechar, breves pérolas da narração in english:
"he's looking for glory!" - sobre um gajo novo que entrou no time de portugal no segundo tempo e no primeiro lance deu um chute-bico pra lua na entrada da área
"spain is flerting with defeat" - minutos antes de o jogo acabar e a Espanha se ferrar de fato
"you can feel the pressure off Brazil`s shoulders" - depois que fizemos o primeiro gol
"he's just marked his name in history, after scoring against Brazil! What a glorious moment!!" - sobre o manezinho da Coréia ue fez o gol. Excelente essa!!
"here he comes! the key player of Africa is making his debut at the world cup" - quando Drogba entrou no jogo contra portugal.

Talvez pudessem contratar o Galvão pra falar inglês. O encontro de dois mundos! liás, vocês já viram o bingo do Galvão? Quem não viu, procure!! Imagina aquilo em inglês?!
"XXX is letting them enjoy the game" - o clássico "tao deixando eles gostarem do jogo"
"there is no more fools in football`s world" - nem vou traduzir
"Rrrrrrrronaaaaaldo!"- universal
"hold on, heart!!!"- aguêêeênta coraço, em tradução livre~

Quem quiser buscar outras do bingo, fique à vontade!

terça-feira, 15 de junho de 2010

A primeira - vamos lá!

Enquanto meus camaradas estão na África, prestes a assitir ao vivo a estreia (o acento caiu, gente) do Brasil na copa 2010, estou trabalhando num quarto de hotel em hong Kong, à meia noite e meia... Em breve (dias) me juntarei a eles, mas por enquanto fico daqui mesmo, com minha cervejinha. Fazer o quê... Vou esperar até 2h30 da manhã e ver a peladinha (no mau sentido)... E acordar cedo pra trabalhar amanhã, ó céus (ó vida, ó azar...).

Vai entrar em campo esse timeco do dunga. Vamos ver o que acontece. Até agora acho que não houve nada de muito excitante nesta copa, ninguém que nos meta medo. Alguém pode dizer que a Alemanha teve um bom momento. Talvez. Não vi e não vou emitir opinião formal. Ontem esperei pra assistir o 'debut' da Itália. Joguinho mequetrefe... Acordado até 2h da manha praquilo.. Assisti o primeiro tempo e fui dormir, sem aguentar mais. Bem me disse um destes daqui do blog que seria empate. Horas preciosas perdidas... Ontem tb teve japão x camarões. Meio "lesco lesco" , com alguma emoção e correria no final. e só.

hoje teve Portugal x Costa do Marfim. É divertido assistir jogo de futebol com narração em inglês, parece Winning eleven!!!! Os caras fazem uns comentário risíveis ("he`s looking for glory!" foi o melhor, num chute a gol de um garoto novo de Portugal). O jogo foi nada de mais. Vesti uma camisa do Brasil e saí no meio pra comprar ceveja chinesa (preços razoáveis!).

Chega, não vou comentar todos os jogos (em vi todos mesmo...). Mas ficam algumas perguntas:
1 - como um time que tem Liédson de atacante pode ir bem na copa? (não vale mencionar Josué, ele é banco)
2 - 'what the hell' Deco vai fazer no Fluminense?
3 - desde quando Zagallo é o técnico da costa do marfim?

Bem, veremos o que acontece no jogo do Brasil. Se tiver saco, faço comentários!
Zai jian!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Imagine Football in 3D

Os jogos vão acontecendo mas os gols são raros. Enquanto isso vamos nos distraindo da melhor maneira possível. Passei o dia no IBC, no centro de mídia, aqui em Joanesburgo. Fui lá encontrar meus amigos de Sportv e aproveitei para assistir uma partida inteira em 3D.

Para quem gosta de televisão é uma experiência incrível. Som dolby 5.1 soround que te dá a sensação do estádio, imagem em alta definição, os jogadores em 3 dimensões. É algo memorável. Não sei em quanto tempo, mas pode ser que isso se torne muito popular.

É claro que isso ainda é para poucos, é um experimento que tende a levar as pessoas para casa e assistir aos jogos, e talvez a vida, de maneira mais passiva. Avaliando prós e contras, ainda assim é algo para se observar.

domingo, 13 de junho de 2010

Gols, finalmente

E totalmente cliche dizer que a Alemanha e eficiente e tal, mas eles sao.
E alguns jogadores como Klose e Podolski podem nao jogar nada ha tempos em seus clubes, chegam na selecao e jogam bem, ou tem bons resultados e impressionante. So espero que o Klose nao faca mais gols, porque ele nao pode ser o maior artilheiro da historia das Copas.

E o camisa 8 tambem me pareceu muito bom, otima movimentacao. No fim, foi um bom jogo. Os outros nao merecem muitos comentarios.

İstanbul!

Cá estou eu operando um teclado complicado na capital do Bizâncio.

Depois de um longuíssımo voo partiındo de São Paulo, aqui estamos. Ontem ao chegar aiında conseguimos ver os ingleses fazendo mais um papelão em Copas. Por quê alguém ainda confia neles?

Depois do jogo fomos conhecer um pouco da noıte da cıdade. Fomos a um baırro chamado Taxım. Maıs de un kilômetro de bares, boıtes e pessoas camiınhando na rua. Impressıonante. Mais impressıonante ainda foi encontrar os dois brasıleıros que conhecemos no voo, sem termos marcado nada.

Fechando bem a noite comemos um sanduíche de kafta que nos fez cuspir fogo.

Agora faremos um pouco de turismo, com a cabeça na África do Sul.

sábado, 12 de junho de 2010

África via Ásia - falta pouco!

Também estou um pouco mais perto de Jonesburgo!!! Quero dizer, na verdade estou a 5 dias + 13 horas de viagem. Não vou fazer a mesma troca de voos que nem o rapazinho aí de baixo, mas em milhagem acho que eu ganho...

Após um voo de 12 horas, fui do Rio pra Paris. Saí do Rio no exato momento em que começou França x Uruguai (que descobriria depois ser uma pelada). Nas 5 horas em que fiquei mofando no aeroporto de Paris tentei entrar aqui para dar um alô, mas nao fui feliz (maldito smartphone!).

Nestas 5 horas de um breve retorno a Paris, o que dizer de útil? O clima estava ok, um ou outro com camisa de time de futebol, as meninas continuam uma gracinha, bonitinhas e sem 'derrière'. "toujour la même chose" , hehehehe.
O clima da copa já aparece de alguma forma. Cheguei no aeroporto e já tinha jornal impresso falando do jogo da frança. Mas como? eu entrei num aviao, e tava começando o jogo. Saio, e já tá no papel? Meio esquisito, coisas de fusos horário loucos... Aproveitei para me atualizar de outros detalhes da copa.

Findado este tempo, pego outro voo pra Hong Kong. Após um atraso de 2 horas por conta de greve dos 'frentistas' do aeroporto (yes, nao saímos pois não havia combustível), levantamos voo. E 11 horas depois estou aqui, acabei de chegar. São 10h30 da manhã, e sinto-me agora verdadeiramente ansioso pela chegada na África. Meus convivas estarão lá antes, preparando o terreno e fazendo reconhecimento de campo. Já vou chegar na boa!

Ah, dia 15, terça, tentarei ver Brasil x Coréia às 2 da manhã (horário de HK)!!
Abs

Primeiros dias de Copa

Fala pessoal,

dois dias e muitas coisas a contar.

Primeiro a aventura para chegar ate aqui. Sai de Cabo Verde, passei por Lisboa e terminei a primeira parte da viagem em Paris. Passei uma noite e um dia na cidade luz, caminhando pelo Champs ELisees, Louvres, Tuilleries, Sena, Ile Saint MichelQuartier Latin... Enfin, depois de Paris rumo ao coracao da Africa. O voo ia de Paris para Adis Abeba, Etiopia, onde trocamos de aviao para Joanesburgo. Nao sem um problema... um atraso de duas horas.

Chegamos ao aeroporto meia hora antes do jogo inaugural. Alguns mexicanos foram correndo para o Estadio, mas eu resolvi assistir no aeroporto mesmo. Os sulafricanos estavam muito empolgados e torceram muito, mas o time deles nao ajuda.

Depois fui para o hostel e ja cansado jantei por la assistindo a pelada horrorosa entre Franca e Uruguai.

Hoje ja foi um dia totalmente diferente. Fui a Sandton, o bairro chique aqui de j'burg. Os principais centros comerciais, os grandes hoteis, e o que mais me interessava a FIFA FAN FEST. Passei a tarde la fazendo a minha pesquisa inicial do terreno. MAs antes, passei no Nelson Mandela Square, onde a Sony tem um grande stand onde eles transmitem os highlights de 25 dos 64 jogos da copa que serao filmados em 3D. Muito interessante!! Alem disso, eles transmitem alguns clips.

Quanto a minha pesquisa, eu escrevo mais depois. Mas por hora, tenho a dizer que e muito interessante a experiencia.

O lado negativo daqui e o transporte. Sem carro, estamos dependentes dos caros taxis... a solucao e encontrar alguem e dividir.

Por hoje e so, pessoal.

Se derrubar e penalti

ja estou na africa do sul desde ontem. Conto os detalhes depois...

Estou vivo o que e importante, mas mais importante e que estou indo assistir ao jogo da Argentina em 3D!

Ate mais e desculpe pela falta de acentos e pela pressa...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Finalmente estou indo... para Istanbul



Terminados os trabalhos pendentes, resolvidos quase todos os problemas, chegou a hora da verdade!

São 21:27 da noite, estou em São Paulo, pagando uma grana pelo minuto de Internet numa lojinha da telefonica para poder contar a todos vocês que finalmente vou embarcar para Istanbul!!!


Istanbul??? Isso mesmo. No final de 2009 as passagens estavam caríssimas e raras para a África do Sul, depois de muito sofrimento, achamos um vôo passando pela Turquia com "apenas" dois dias de intervalo entre a chegada e a nova decolagem rumo, finalmente, a Joanesburgo!

A antiga Constantinopla, que fica metade na Europa e metade na Ásia, parece ser uma cidade incrível, viagem dos sonhos de muita gente. Junta história, praias, compras e uma vida cultural bem interessante, porém a essa altura do campeonato, ou melhor, da Copa do Mundo, está difícil tirar a cabeça da África do Sul! Mas como não tem remédio, Istanbul que se prepare!

PS: Publicado também em Cornetas e vuvuzelas

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Último dia de trabalho.

Pois é.
Viajo amanhã, mas ainda estou no trabalho e nem comecei a ver a mala.

Mas a cabeça já está lá há tempos.

O que restou de concentração uso para rever os preparativos.

Envelopes (gentilmente cedidos pelo meu empregador) com as informações sobre reservas, sobre ingressos, sobre aluguem e carro, sobre passagens e sobre contatos importantes(embaixada/consulados).

Desde segunda-feira já conferi e imprimi(vocês sabem onde) alguns mapas do google maps(que serão muito úteis até comprarmos um GPS), já verifiquei os dados de nossas reservas. Até porque ninguém quererá dormir ao relento no frio que vai estar fazendo lá. Além de copiar boa parte das informações para um pen drive.

Posso dizer que restaram duas coisas primordiais. A mala, que eu já falei, e me despedir da namorada. E agradecer por ela estar levando numa boa uma viagem de um mês sem ela(até ajudou comprando apetrechos para serem usados lá).

Andei pensando em fazer uma contabilidade prévia da viagem, ver quanto gastei e quanto ainda devo gastar. Mas achei muito baixo astral. Depois da Copa eu faço as contas para saber quanto me custou ver Felipe Melo e Gilberto Silva jogando o hexa no lixo.

Agora é boa sorte para mim e torcer para que a igrejinha do Dunga faça a sua parte.

Dunga e sua coerência...

Para que ele levou o Kleberson? Será que foi por causa do signo?


"Pouco aproveitado, Kleberson vira espectador na seleção brasileira
Volante é o único dos 20 atletas de linha que não participou um minuto sequer em algum dos jogos na África

Por GLOBOESPORTE.COM Direto de Joanesburgo, África do Sul
imprimir
kleberson brasil treinoKleberson em treino da seleção brasileira
(Foto: Valterci Santos / Agência Estado)

Os dois amistosos da seleção brasileira aparentemente serviram para algo mais do que apenas testar a equipe antes da estreia na Copa do Mundo. Os confrontos contra Zimbábue e a Tanzânia deram a impressão de que um jogador dificilmente pisará nos gramados sul-africanos durante o Mundial: Kleberson.

O volante foi o único dos 20 atletas de linha que não participou um minuto sequer em alguma das partidas. As substituições contra a Tanzânia também demonstram que ele deve ser mesmo a última opção de Dunga. Josué entrou no lugar de Gilberto Silva, sendo o primeiro cabeça de área do técnico no banco. E Kleberson não entrou no lugar nem de Felipe Melo, o outro volante do time, já que o treinador optou por Ramires, a quem considera meia, mudando o esquema de jogo.

Além disso, o retrospecto do jogador na seleção sob o comando de Dunga é, no mínimo, econômico. Ele entrou em campo apenas quatro vezes, sendo que na maioria delas nos minutos finais. Em 2009, ingressou no jogo aos 39 minutos da segunda etapa na vitória por 3 a 0 sobre a Itália na Copa das Confederações, realizada na África do Sul.

Na semifinal da mesma competição, no triunfo por 1 a 0 sobre a África do Sul, ele entrou na partida aos 46 minutos do segundo tempo. Por fim, também em 2009, o volante pisou o gramado somente aos 39 minutos da etapa final na vitória por 2 a 1 sobre o Paraguai, pelas eliminatórias da Copa.

Quando começou como titular, não deu sorte e sofreu uma luxação no ombro direito, aos 36 minutos de partida contra a Estônia. Foi a última vez que atuou pela seleção, no dia 12 de agosto de 2009. Somadas as suas participações, ele jogou apenas 55 minutos com Dunga, levando em conta os acréscimos de tempo dos juízes."

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Brasil é mesmo o país da Copa*

Ter que trabalhar há poucos dias da Copa é dureza! Estou a dois dias em Brasília em um seminário sobre educação em presídios promovido pelo Ministério da Justiça e pela Organização dos Estados Iberoamericanos, alguém imagina um ambiente menos propício para discussões sobre Copa do Mundo?

Mas para brasileiros sempre é hora para Copa e futebol. O secretário de educação continuada alfabetização e diversidade do MEC fazia sua conferência de abertura do evento quando resolveu citar as delegações internacionais resolveu dizer, na maior animação, que a Argentina é melhor do que nós na educação de apenados, mas que no futebol não pode dizer que é melhor que o Brasil.

Hora mais inusitada impossível! A rivalidade no futebol transposta para as experiências dos países com educação em presídios prova como somos todos loucos por esse esporte em que um monte de gente corre de uma bola! Para quem estava ali sentado tentando prestar atenção sem muito sucesso, foi reconfortante! Não só eu, que na sexta embarco para a sonhada viagem para Copa do Mundo, estou com a cabeça na África do Sul, a grande maioria dos brasileiros está respirando isso, a Copa é nosso oxigênio.

Continuo totalmente sem tempo, na corrida maluca para dar conta dos trabalhos, fazer câmbio, planejar casamento, torcer pra algum perna de pau ser cortado e dar lugar a alguém menos caneleiro, enfim, é muito mais coisa do que daria conta de fazer em tempos normais, mas é tempo de Copa!


* Publicado também em http://oglobo.globo.com/blogs/brazucabrazuca/

terça-feira, 8 de junho de 2010

É muito Barulho!

08/06/2010 12h00 - Atualizado em 08/06/2010 13h20

Vuvuzela faz mais barulho que helicóptero, aponta medidor
A pedido do G1, engenheiro fez testes em São Paulo.
Corneta será usada nos jogos da Copa do Mundo da África do Sul.
Glauco Araújo
Do G1, em São Paulo

O som das vuvuzelas, um tipo de corneta, promete dar o tom da festa nos estádios durante a Copa da Mundo na África do Sul, a partir desta sexta-feira (11). Mas muita gente reclama do barulho que ela faz e, nesta segunda (7), uma fundação europeia divulgou que ela é mais barulhenta que uma motosserra. Para tirar a limpo, o G1 pediu a um engenheiro que fizesse a comparação com sons típicos de uma cidade grande. E o resultado: a vuvuzela faz mais barulho que o trânsito da Marginal Tietê e até de um helicóptero em São Paulo. Ao lado, veja vídeo com os testes.

Nas medições feitas a pedido do G1 pelo engenheiro Hamilton Tambelini, da empresa Ruído Menor, o som de uma única vuvuzela atingiu 114 decibéis. O som de três tocadas ao mesmo tempo foi a 117 decibéis. Um helicóptero decolando no Campo de Marte, na zona Norte de São Paulo, chegou a pico de 98 decibéis. "A cada três decibéis temos o dobro do valor inicial em escala linear", segundo Tambelini. Isso significa o nível de 117 decibéis é o dobro de 114.

A vuvuzela usada para teste estava à venda em uma loja na Rua 25 de Março e tinha o selo do Inmetro. Segundo os lojistas, pode faltar vuvuzela durante a Copa. Em cinco lojas visitadas pelo G1, a corneta só foi encontrada em uma.

Em todas as comparações feitas pelo engenheiro Tambelini, a vuvuzela, tocada ao ar livre, mostrou-se mais incômoda que os sons que fazem parte da rotina do paulistano. "A vuvuzela, se tocada muito próxima ao ouvido, pode provocar lesões auditivas permanentes. Por isso é importante o uso de protetor auricular durante a torcida dos jogos, mesmo em casa, fora dos estádios", disse Tambelini.

RANKING DO BARULHO
FONTE DE SOM MEDIÇÃO DE RUÍDO

UMA VUVUZELA 114 DECIBÉIS
TRÊS VUVUZELAS 117 DECIBÉIS
HELICÓPTERO - MOTOR A PISTÃO (DECOLAGEM) 98,3 DECIBÉIS (PICO)
HELICÓPTERO - BIMOTOR TURBINADO (POUSO) 95,9 DECIBÉIS
CAMINHÃO NA MARGINAL TIETÊ 92,9 DECIBÉIS (PICO)
FLUXO NORMAL NA MARGINAL TIETÊ 80 DECIBÉIS (MÉDIA)
FLUXO NORMAL NO TÚNEL DO ANHANGABAÚ 91 DECIBÉIS
MOTOCICLETA NO TÚNEL ANHANGABAÚ 92,3 DECIBÉIS
ÔNIBUS NO TÚNEL ANHANGABAÚ 91,3 DECIBÉIS
Fonte: Ruído Menor

"Na comparação entre a Marginal Tietê, os helicópteros no Campo de Marte e as cornetas, a vuvuzela é muito mais forte. Se juntássemos todos, não chegaria ao som da vuvuzela. Isso acontece porque a vuvuzela é estridente, com som mais agudo. O ouvido humano é mais sensível a sons agudos. Como o torcedor vai estar mais perto das cornetas, a intensidade sonora é maior", afirmou o engenheiro.

Uma fundação mantida pela Phonak, fabricante suíça de próteses auditivas, divulgou nesta segunda (7) que a vuvuzela incomoda mais que uma motoserra. Uma série de testes, em estúdio, demonstrou que as trombetas podem alcançar 127 decibéis. Ganham de tambores (122 decibéis) e de apitos (121,8 decibéis), por exemplo.

Risco nos estádios


Segundo a Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o limite de tolerância para ruído contínuo é de apenas oito minutos em casos de sons como o da vuvuzela, que chegou a 114 decibéis. "Se pensar que uma partida de futebol tem 90 minutos, fora a festa nos minutos que antecedem a partida, imagine o risco de lesão auditiva que o torcedor estará exposto", disse Tambelini.

A mesma norma ainda indica que não é permitida a exposição a níveis de ruído acima de 115 decibéis para pessoas sem proteção nos ouvidos. "Isso significa que alguma lesão o torcedor poderá sofrer durante os jogos na África do Sul. É prudente que o torcedor leve qualquer tipo de proteção. A lesão auditiva, por menor que seja, pode ser permanente", afirmou o engenheiro.

Empresário africano quer impedir o Brasil de chamar corneta de vuvuzela Torcedor carioca descobre que não é fácil tirar som da vuvuzela Comércio popular aposta no sucesso de vendas da 'vuvuzela' no Brasil Barulho para dormir

Apesar de trabalhar na área de aviação há 36 anos, João Júnior, gerente comercial da Tucson Aviação, disse que o som de algumas aeronaves ainda o perturbam. "O som do helicóptero, por exemplo, eu já estou acostumado. Há frequências que me incomodam mais e só depende do helicóptero. Mas o que me atinge mais é o barulho provocado pelas vuvuzelas. Em estádio de futebol, já tive problemas com elas. Incomoda mesmo."

A convivência com sons em altos decibéis fez com que Júnior tivesse uma característica auditiva peculiar. "O silêncio me incomoda para dormir. Preciso de um pouco de barulho para conseguir pegar no sono. Eu tenho um zumbido permanente no ouvido. O silêncio faz com que esse zumbido apareça mais claro quando vou dormir, o que acaba me incomodando um pouco."

Júnior disse que faz exames de audiometria todo ano e nunca houve registro de perda auditiva.

Os comerciantes da Rua 25 de Março não têm do que reclamar nos últimos dias que antecedem a abertura do mundial de futebol. "A vuvuzela é boa para o comércio. Por causa da Copa, o pessoal já vem no ritmo para comprar. Quando vem um grupo de clientes, todos querem tocar, fazer barulho e levar uma corneta para casa. Comemorar um gol do Brasil sem fazer barulho não tem graça", disse Fátima Paula, 33 anos, gerente da loja Monita.

Apesar de elogiar o efeito sonoro da vuvuzela nas vendas, ela não quer saber de muito barulho depois do expediente. "Não posso reclamar, a vuvuzela está vendendo bastante. Vamos fazer uma exceção durante a Copa e depois vamos trabalhar e ficar sem barulho", brincou a gerente.

Mesmo deixando escapar que a vuvuzela provoca um pouco de incômodo, Fátima disse que só uma coisa é pior que a corneta africana: a buzina. "É uma coisa sem controle. Quando a pessoa toca uma buzina, está irritada e tensa. Isso incomoda mais do que uma vuvuzela, que é alegre."

O clima de festa durante a Copa do Mundo da África do Sul pode amenizar a intolerância das pessoas pelo barulho provocado pelas cornetas. "A vuvuzela vai incomodar mais do que o trânsito de São Paulo, principalmente para quem não gosta de futebol. Eu, particularmente, acompanho futebol e não vou gostar desse barulho o tempo todo", afirmou Tambelini.