Chegando na Fonte Nova |
Nosso blog foi criado para contar a saga de quatro camaradas
pelos estádios e estradas da querida África do Sul, fato que tentamos
reativá-lo algumas vezes depois d
a copa de 2010, mas a vida, as obrigações e
tudo o que sempre nos impede de tocar ideais legais pra frente acabaram por nos
refrear.No último amistoso do Brasil antes da Copa das Confederações o Corneteiro Bruno Stern já havia lançado um ensaio de retomada ao comentar a novíssima versão do Maracanã (com toda a polêmica e saudosismo que o cercam) e as novidades que os torcedores brasileiros encontraram por lá, o tal “padrão FIFA” que já virou bordão por aqui. Sassá, por sua vez, fez uma emotiva postagem no Facebook que ajudou a pender a balança pela RETOMADA!
Fato que a recente onda de protestos, as confusas
interpretações, tentativas de manipulação e insegurança política e real que se
sucederam quase me fizeram mais uma vez adiar a ideia de retomar, mas após
Brasil e Itália, após Salvador com seus gols, praias, acarajés e a segunda parte
do hino nacional cantada à capela a plenos pulmões tive certeza que era hora!
Cadeira da sorte! |
Brasil e Itália é um clássico daqueles do futebol mundial,
já fizeram 2 finais de copa (melhor pra gente) e tiveram aquele mítico jogo em
que Paolo Rossi mandou pra casa a certeza do Brasil de que era o melhor dos
melhores em 82, isso sem falar que juntos ganharam 9 Copas do Mundo de 19
jogadas e estiveram várias outras finais! Enfim, assistir um Brasil e Itália me
fez ir a Salvador e está me fazendo acreditar que valem a pena os minutos na
frente do computador para falar de Futebol e de tudo que vem junto.
Quanto ao jogo, como todo mundo deve ter visto, não foi um
primor de técnica (a falta de Pirlo foi muito sentida), mas teve muita emoção,
grandes lances, consolidação de um padrão tático na seleção brasileira, além
de, nessa ordem, Neymar e Balotelli, os gênios de cada esquadra.
Muita gente implica com Neymar porque ele “cai o tempo todo” (inclusive um playboy atrás de mim e que parecia fixado pelo jovem jogador do Barcelona). Com Balotelli, costumam implicar porque ele nunca cai, ou melhor, porque não abaixa a cabeça. Eu gosto dos dois, de Neymar pela genial objetividade, afinal ele caindo ou não está sempre indo pro gol, e de Balotelli pela capacidade de tornar o time mediano da Itália em algo perigoso e imprevisível, gosto também do italiano pela empáfia de ser Negro numa pátria de brancos e bancar isso, jogar de forma a tornar os torcedores famosos pelo racismo em seus súditos. Balotelli prova que a Itália finalmente sofreu uma "invasão bárbara" e eu duvido que os fãs de futebol de lá queiram expulsar seu imperador negro.
Na versão Brasileira, sem os cachecóis e afins |