Vagando sozinho pelo aeroporto, uma rotina que se tornou constante, passo a ouvir um barulho que se tornou conhecido. Não são as turbinas de aviões decolando e aterrissando, tãopouco são os muçulmanos rezando na sala de orações do aeroporto em Adis Abeba. O zumbido conhecido tornou-se popular, ou impopular em todo o mundo, é o som grave das vuvuzelas nos estádios sul-africanos.
Num misto de saudades de casa, cansaço da viagem, melancolia por ter que voltar antes da final não tinha feito as contas da hora do jogo entre Uruguai e Alemanha para disputa do 3º lugar na Copa do Mundo. Estava esperando por uma espera melancólica deitado no chão do aeroporto quando fui arrastado pelo som para frente de uma televisão que transmitia o jogo. Para minha alegria, tinham se passado apenas 5 minutos do apito inicial, e o meu avião não decolaria antes de 2 horas e meia.
Foi tempo suficiente para ver o bravo time do Uruguai, com o melhor jogador da competição, lutando contra o hábil e jovem escrete alemão. O jogo foi bom, bem disputado, Suarez perdeu gols que não deveria, provavelmente resultado de uma praga jogada por Ganeses, e penso que no final faltou pernas para o Uruguai. Eles pareciam cansados no fim do jogo, sem forças depois de levar o 3º gol.
Para dar um toque épico e poético ao jogo, ainda teve a bola na trave de Forlan, no último minuto da partida. A felicidade do futebol é bem vinda, mas o drama dura a vida toda. Não sendo o polvo Paul, outra celebridade da Copa, me atrevo a dizer que aquela bola na trave carimbou o prêmio de melhor da competição para Diego Fórlan.
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