sábado, 4 de agosto de 2012

Bestas ou bestiais.

Quando atletas sobre os quais há poucas expectativas conseguem medalhas, são heróis, que superaram dificuldades da vida, falta de estrutura e apoio e chegaram lá.

Quando algum cotado como favorito, ou tendo boa chance, perde é um fraco, tem complexo de vira-latas é amarelão e outros adjetivos.

Parece que esquecemos que o esporte é feito por humanos que podem estar num bom ou mau dia, podem sofrer ou crescer com a pressão. E isso vale para o brasileiros e para os gringos (Mike Powell e Sergei Bubka são bons exemplos).

Como o  fortíssimo esporte brasileiro (podemos começar a campanha "Adeus Nuzman"?) sempre chega aos jogos com poucos atletas em condições de bom resultado, qualquer um que falhe será visto como vilão de nosso sucesso olímpico.

Ajuda bastante o fato de cornetar ser um de nossos principais esportes (assim como o pachequismo, depende do dia e da modalidade). Hoje podemos ver alguns jornalistas especializados em futebol e automobilismo fazendo graça com as justificativas de uma atleta,  de um esporte do qual eles entendem tanto quanto eu entendo de neurocirurgia, que assumiu sua falha e a responsabilidade pela derrota.

Ainda assim, acho que perdemos a oportunidade de enviar uma delegação com muitos jovens que poderiam estar em alta daqui a quatro anos. Vi em disputa um bom número de esportistas em fim de carreiras pouco vitoriosas no nível olímpico perdendo mais uma vez.

Um comentário:

  1. a falta de capacidade em fazer críticas sólidas e que fujam das desculpas padrão é uma das coisas a se superar para conseguir alcançar um patamar decente.

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