Como tudo começou (outra versão)

Historicamente, sempre pensei que ir assistir a uma Copa no país sede seria um mau negócio. Nem é possível assistir a todos os jogos, e também não é possível, em termos turísticos, conhecer bem o país, além, é claro, de ser um período muito inflacionado. Portanto, para uma mente racional, péssima ideia.

Mas quando se trata de futebol, às vezes é difícil manter o lado racional sempre firme. Eu tentei durante um tempo dizer que queria ir profissionalmente – mas chegou um dia, sentado num boteco, pós-jogo do Time Trim que lancei um desafio aos meus camaradas: “vamos a Copa? Eu quero ir nem que peça férias.” O que a princípio era um abuso, porque trabalhando no Sportv, sair de férias durante a Copa é algo que não acontece.

Mesmo assim, seguimos adiante. Compramos ingressos sem terem definidos os jogos, e acabei com Gana x Alemanha e o grande jogo da Copa: Nova Zelândia x Eslováquia! Não bastasse a qualidade do jogo, os deuses do futebol – sempre irónicos – nos agraciaram com a estreia do Brasil no mesmo dia.

Ainda seguindo o lado racional, depois de ter vindo parar em Cabo Verde – afinal não precisei pedir férias -, fiz um projeto de pesquisa acadêmica junto com documentários a ser realizados na África do Sul. Depois de meses negociando e esperando alguma reação da TCV (TV estatal local) veio a resposta negativa aos documentários, mas por outro lado a Universidade autorizou que eu fosse fazer a pesquisa.

Então, agora vou rumo a minha primeira Copa. A trabalho como havia racionalizado anteriormente, mas cheio de emoção por ter conseguido concretizar esse objetivo e ainda por cima ir com os companheiros de time que estavam desde o começo na aventura. Ter as duas coisas não poderia ser melhor.

Ps; Para quem ainda não sabe, eu sou um desses “corneteiros” aqui do blog, Fernando Vannier Borges. O resto das apresentações vão acontecendo ao longo dos textos.