Antes da Copa começar já tinha a certeza que seriamos campeões. Eu tinha 10 anos, e em 1970 meu pai tinha 10 anos quando o Brasil foi campeão, logo, obviamente levaríamos o caneco.
Cada jogo foi uma festa. A cada dia eu era buscado na escola para ir assistir aos jogos em algum canto. Casa de parentes, casas de amigos dos meus pais, qualquer lugar era um bom lugar e garantia de festa.
Na época eu não era o fã, como a maioria do Romário. Para mim ele não era assim esse ídolo todo – eu gostava era do Raí e queria ver ele brilhando na Copa e ao longo do ano de 94 fui me encantando com então Ronaldinho, e esperava ter visto ele entrar na final, e não o Viola.
Naquela Copa eu ainda não conseguiria a minha meta de assistir a todos os jogos, mas consegui ver um bom número, e de acordo com minha falha memória, assistia a todos que passavam na TV e eu estava em casa. Em 94 foi quando me decepcionei com a Colômbia, me encantei com a Nigéria, Hagi, Batistuta. Além disso, alguns jogos – não sei bem o porquê – ficaram na memória embora talvez nem tenha existido: Bulgária x Nigéria; Suiça x Espanha; Espanha x Itália.
E a final aconteceu no apartamento de Pedro Villella, aquele que seria o primeiro e até agora único treinador do Time Trim. Minha irmã e minha prima ficaram de costas para a TV durante toda a partida, e depois daquele 0 x 0 os penaltis. Foi uma bela festa, grande comemoração e Pedrinho - como era conhecido o anfitrião - gostava era de ouvir os "replays" de gols no rádio, o que dava ao apartamento um ambiente magnífico de festa.
De costas não, no quarto, em vez da sala! Mas os pênaltis a gente viu...
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