sábado, 29 de junho de 2013

Uma experiência nova

Na última quarta-feira tivemos um Brasil e Uruguai pela Copa das Confederações. Semifinal. Jogo decisivo.

Como era dia de semana 16h, achei razoável a experiência de assistir numa televisão no trabalho. Acostumado a acompanhar futebol em meio a outros fãs do esporte, estava lá eu em meio a um grupo de pessoas com relações bastante diferentes com o jogo.


Tinha a moça que objetificava o traseiro do Hulk, tinha os que desconheciam Diego Forlán (melhor jogador da Copa 2010), tinha a turma que perguntava se ia ter prorrogação caso empatasse, tinha o gerente geral pedindo relatórios sobre o andamento da partida cada vez que passava pela TV. Uma fauna bastante diversa.


E para melhorar a atmosfera ainda tinha outra TV, dez metros distante, com uns 5 segundos de delay.

Mal rola a bola, David Luiz tenta aplicar um ipon no Lugano. Bola na marcada cal, Julio César defende e descubro que o corintiano do setor fica todo emocionado repetindo sua admiração pelo Julio César. QUe é fã dele, que tem várias camisas dele, que também joga de goleiro.



Eu só pensava que ele não teria a mesma opinião de estivesse em Port Elizabeth três anos atrás.

Jogo truncado, pau quebrando, final do primeiro tempo Brasil acha um gol numa bela jogada entre Paulinho e Neymar, concluída pelo Fred. Comemorações contidas, todos nas suas mesas no intervalo.

Segundo tempo começa com gol do Uruguai. Como muita gente ainda não tinha voltado aos seus postos, tive que contar algumas vezes o que acontecera.

Nisso uma torcedora do Vasco pergunta por que não tem ninguém do Vasco na Seleção. Eu penso se não estão cometendo uma injustiça com Pedro Ken, ou se respondo que Yotún está sim na Seleção, do Peru. Antes disso outra vascaína explica com calma que nosso time vai mal. Bem mal.

O jogo segue empatado, perido de um mineirãozaço. Logo aparece um preocupado que se o Uruguai ganhar, seu ingresso para a final estará desvalorizado. Que tipo de gente tem o ingresso para uma final de competição, pretende ir, e está preocupada com o preço de revenda? Certas coisas não se negociam!

Segundo tempo segue, pessoas perguntando se teria prorrogação, pessoas acreditando em cada simulação do Neymar, Uruguai mortinho em campo. Quando acontece a tragédia.

Não. A vitória do Brasil não foi tragédia.

Mas, porra, precisava ser com gol do Paulinho, cabeceando um escanteio após 40 do segundo tempo? Péssimas lembranças.

Voltei a minha mesa escondendo a raiva e retomei meus afazeres.

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